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Pela água, pela vida

Prof. “Waltinho” é Fumec e ecologia em evento da UFMG

Divulgação: Rogério Bastos/FCH

O crescimento da consciência nos âmbitos da ética, de projetos relevantes, juventude e cultura são os temas que serão debatidos em quatro mesas-redondas, nesta sexta-feira, 6, das 8h30 às 19 horas, no auditório da reitoria da UFMG. Estas atividades, que culminarão com um show  de músicos, poetas e dramaturgos mineiros, integram a 6ª edição do “Um retorno às fontes: diálogo inter-religioso e ecologia”, projeto realizado pelo curso de psicologia da instituição, que contará ainda com o suporte do “Povo dágua: memória do vivido”, uma exposição de 17 telas de bordados (montada até o dia 31 deste mês, de segunda a domingo, também das 8h30 às 19 horas, no saguão da reitoria), produzidas pelos funcionários da Copasa, sob coordenação do tradicional Matizes Dumont, grupo de bordadeiras da capital.

Dos debates, às apresentações musicais e artesanato, tudo neste evento, que pretende atingir um público diversificado e preocupado com a realidade ambiental de uma maneira geral, formado por professores, alunos, profissionais liberais e ambientalistas, dentre outros, está ancorado nos impactos social político, cultural e econômico causados pela anunciada tragédia ecológica de Mariana. Baseado neste enfoque, o coordenador do projeto, doutor em psicologia social  pela Universidade de São Paulo (USP) e , há duas décadas, professor da UFMG, Miguel Mahfoud, 60 anos, enfatiza que o encontro reúne debatedores de inúmeras formações religiosas e crenças, o que assegura a pluralidade das discussões e riqueza das abordagens, “sobreduto quando não abrimos mãos na defesa de dois paradigmas: o crescimento das consciência de pertencimento do homem à natureza e do cuidado com ela, e a intrínseca relação entre cultura e água. Só a partir daí, adverte  Mahfoud, desmistificaremos a interpretação tecnicista exclusiva atribuída, por exemplo, ao acidente funesto que dizimou sete distritos de Mariana e dezenas de vidas humanas, se estendendo por toda a bacia hidrográfica do rio Doce” 

 Consciência e cultura 

      Ninguém melhor do que o psicólogo e religioso Walter Andrade Parreira, o prestigiado “professor Waltinho”, 66 anos, dos quais 44 dedicados à docência da Universidade Fumec, para justificar sua participação no evento. Ele alega que o seu livre trânsito entre a psicologia, por formação acadêmica, e a antropologia cultural, por inspiração autodidata, sustenta razoável experiência e conhecimento para falar e debater sobre cultura e espiritualidade indígenas, temas que abordará na última mesa-redonda do encontro. Questionado sobre a presumível fragilidade dos diálogos inter-religiosos em relação à degradação ecológica, que a rigor, é um problema de natureza  econômica e política, “Waltinho” não se eximiu e refutou: “este raciocínio é um equívoco pernicioso. Primeiro, porque temos religiões e religiões, basta reconhecer as contribuições política e social da Teologia da Libertação. Neste evento, falamos de diálogos inter-religiosos como uma expressão de consciência crítica, uma visão libertadora em transgressão ao status quo que gerou este caos em Mariana e não permitiu sequer que seus distritos dizimados, especialmente o de Bento Gonçalves, continuassem sendo apenas um quadro na parede “. Entre o evento de amanhã e suas atividades como docente, o professor continua desfrutando, com descrição, dos louros conquistados com as publicações recentes dos artigos “Concepções de subjetividade em Roger, Freud e Gendlin” e “Fenomenologia e espiritualidade: consciência e meditação”, respectivamente, nas revistas “Sulamericana de Psicologia” e “Memorandun”, da Fafich (UFMG).  

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