Universidade faz parceria com projeto social para colorir um pedaço da Região Centro-Sul da capital
Texto: Pedro Castro (estagiário do Setor de Comunicação e Marketing) – sob a orientação de Marcus Papa
Nos dias 18 e 19 de setembro, os muros da FUMEC ganharam mais cor com a presença de grafites realizados por 21 artistas do projeto Museu de Rua. Idealizado pelo ex-aluno de Design Gráfico da Universidade FUMEC, Ramar Gama, 33, o projeto atua com o propósito de revitalizar áreas urbanas, adicionando mais vida aos locais escolhidos e expressando os valores artísticos, de forma a enriquecer culturalmente a cidade.
Gama destaca o convite feito pelo vice-reitor da Universidade, professor Guilherme Guazzi, para a produção de grafites nos muros exteriores da instituição, e sobre como o contato entre eles ocorreu. “Surgiu a partir de um convite do professor Guazzi, que havia comentado comigo que queria resgatar aquela ideia de um trabalho que o Rui Santana havia feito um tempo atrás, do muro efêmero. Nos reunimos, trocamos ideias e conversamos sobre os artistas, inclusive, acho que seis ou sete deles são alunos e ex-alunos também”, nosconta Gama.
A participação de novos artistas no projeto iniciou com trabalhos que foram realizados em outras ocasiões, como conta Gustavo Faix, 25, que afirmou ter convidado o Gama para compor a equipe em um evento de grafite em escolas da periferia. “Sou organizador de um evento de grafite também, nas escolas de periferia da Zona Norte de Belo Horizonte e, uma vez, eu convidei o rapaz que está idealizando esse projeto, o Ramar, para participar com a gente. Ele gostou do projeto, achou bacana e me convidou para participar deste que ele está curando, que é o da FUMEC. ”
Assim, o convite feito por Gama é de grande importância cultural para a sociedade pois enriquece o visual urbano e alimenta a imaginação dos cidadãos, excluindo a ideia de que esse tipo de arte é conectado às regiões mais simples. “Fazer parte de um projeto de grafite é sempre bom. A gente ser lembrado e estar colorindo a Região Centro-Sul é muito interessante porque, normalmente, o grafite se estende mais pelo lado periférico e, grafite não é questão de ser de um lado ou de outro, é de todo mundo. Então, para nós é muito interessante estar junto de faculdades, escolas, de hospitais, de tudo. ”, apontou o artista Junior Wildstyle.
A iniciativa teve grande repercussão entre os alunos da instituição, despertando em universitários de diferentes cursos, um maior interesse acerca da presença dessa forma de arte, como conta Bruno Lara, 25, estudante de Comunicação Social – Jornalismo. “Esse tipo de iniciativa de ceder espaço para esses artistas realizar sua arte, expor ali para muita gente que gosta desse tipo de cultura, de cultura de rua, de hip hop, de grafite, de picho, eu acho extremamente benéfico para todo mundo.”
A estudante de Engenharia Biomédica, Gabriela Affonso, 21, se mostrou otimista com relação à presença dos grafites no dia a dia dos universitários e enfatizou no ganho cultural que a Universidade obteve com a produção das artes. “Estava todo mundo muito empolgado com o que estava sendo criado ali. Além do muro ficar lindo, é um tipo de trabalho que a gente não tem muito contato no nosso dia a dia. Os alunos puderam conhecer um pouco desse movimento e trocar ideia com os artistas, saber a história deles e de cada desenho. Eu acredito que essa seja a parte mais legal. A história que cada desenho carrega consigo está representada nos muros de nossa universidade! É muito importante a gente dar espaço para outras pessoas, com vivências diferentes, para que sejam vistas e valorizadas. ”
Da mesma maneira, complementa Gabriela Santana, 27, aluna de Estética, parabenizando a FUMEC pela iniciativa, a partir desta forma de arte. “A iniciativa da Universidade em promover um cenário cultural aos alunos é de grande valia em tempos atuais. Acredito que esta relação proporcionará um ambiente mais agradável bem como despertar uma relação mais afetiva entre todos. ”
Além do enriquecimento cultural, resultado da produção dos grafites nos muros exteriores da FUMEC, o clima “cinza” e apático da capital mineira ganhou mais cor, obtendo maior destaque na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Dessa forma, afirma a aluna do curso de Estética, Michelle Rezende, 23. “A rua ficou mais colorida, harmoniosa e a faculdade ganhou mais visibilidade. É através desse tipo de trabalho e de arte que as pessoas se sentem acolhidas, abraçadas. ” De forma a concluir o pensamento de Rezende, o estudante de Comunicação Social – Jornalismo, João Eduardo Santana, 24, aponta que esse tipo de manifestação em um ambiente acadêmico é de grande importância para o estreitamento dos laços entre universidade e aluno. “Os grafites na portaria da Universidade FUMEC foram uma iniciativa interessante porque eu acho que deixa o ambiente mais propício às manifestações dos jovens porque o grafite é uma manifestação da juventude. Então, a FUMEC se aproxima do jovem quando ela permite que manifestações culturais como essa aconteçam dentro do ambiente acadêmico. Por conta disso, parabenizo e faço votos para que mais iniciativas como essa, mais locais possam ser liberados para o cultivo dessa arte tão importante. ”
O aluno do curso de Ciências Aeronáuticas, Breno Marcos, 20, compartilha do mesmo pensamento acerca da posição inovadora com respeito a dar mais vida ao ambiente acadêmico. “Achei muito bacana os grafites que fizeram na FUMEC. Na minha opinião deu um ar mais inovador para a Universidade, além de ficar mais chamativo para as pessoas, alunos e todos lá na faculdade. Deixou mais bonito, mais bem decorado. ”
Confira agora as fotos do projeto nos muros da Universidade FUMEC:
Fotos: Marcus Papa